Investimento em acessibilidade chega ao setor hoteleiro

Preocupado com a questão da acessibilidade, o Villa Bella Hotel, em Gramado, RS, conquistou um certificado de Total Acessibilidade outorgado pelo Instituto Pestalozzi. O empreendimento é o único na região das hortênsias com terminal telefônico e central de atendimento para surdos. Investindo em melhorias para os deficientes auditivos, o Villa Bella também possui relógio despertador vibratório e sinalizadores luminosos para campainha e toque de telefone no apartamento. “Levando-se em conta que a maior barreira para esse hóspede é a comunicação, investimos em produtos que oferecerão acessibilidade desde o atendimento telefônico, passando pelos quartos e áreas de circulação comum”, explica a responsável pelas áreas de Marketing e Eventos do Villa Bella, Ruanita Gomes.

Toda a infraestrutura do hotel foi planejada para atender hóspedes com necessidades especiais, sendo que 10% dos apartamentos possuem barras de segurança e equipamento totalmente adaptados. O Villa Bella também dispõe de cardápios, guias de serviço e informativos em braille, além de elevador com indicativos nesta linguagem. “Dispomos ainda de um convênio para atendimento de emergência, equipe capacitada para atender hóspedes com necessidades especiais e certificação de total acessibilidade pelo Instituto Pestalozzi”, acrescenta Ruanita Gomes.

Único hotel da América Latina com certificado do Instituto Pestalozzi, o Villa Bella, também investe em atendimento personalizado para os hóspedes com necessidades especiais. Recentemente, o hotel recebeu consultores da APTA Acessibilidade, que ministraram cursos para os funcionários do hotel. “Não adianta ter equipamento qualificado e adequado se os serviços, a forma de atendimento e a atenção dispensada ao hóspede com necessidades especiais não estiverem de acordo, por isso a importância de se realizar treinamentos para identificar o grau de dificuldade do hóspede, os cuidados especiais para cada tipo de necessidade e outras questões relacionadas”, explica Roger Bacchi, diretor do Villa Bella.

Enfim, a questão da acessibilidade ganha importância. Um pouco tarde, é verdade, mas "antes tarde do que nunca", não é mesmo?
Só espero que outros hotéis tomem esta iniciativa e também implantem serviços personalizados para pessoas com necessidades especiais, tanto para apresentar um diferencial em relação à seus concorrentes, quanto para atender a um novo nicho em crescimento.


Disponível em: http://www.hotelonline.com.br/.

(Por Weruska Mandela.)

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5 Response to "Investimento em acessibilidade chega ao setor hoteleiro"

  1. Liga das Turismólogas, on 18 de out. de 2010, 13:40:00 said:

    Acredito ser de profunda importância o investimento e o dispertar dos empreendedores a essa nova visão de nicho de
    mercado agregada aos estabelecimentos de hospedagem.

    A hotelaria, como parte representante do mercado do turismo, pode e deve criar como pode ser observado no exemplo do texto (Hotel Villa Bella), dispositivos facilitadores à
    autonomia das pessoas portadoras de necessidades especiais, abrindo espaço para novos
    projetos de adaptação, não apenas em função da conscientização dos próprios empreendedores,
    mas também estará cumprindo com as exigências da legislação, a qual leva em conta a acessibilidade, a
    independência e a autonomia no ato de ir e vir desses hóspedes.(Luiza Galvão)

  2. Liga das Turismólogas, on 18 de out. de 2010, 15:42:00 said:

    Sem dúvidas o Villa Bella Hotel merece parabéns pela iniciativa e visão. Ele foi além da obrigatoriedade mínima de acessibilidade, preocupou-se com a capacitação de seu pessoal para que seus hóspedes com necessidades especiais possam ser atendidos de forma adequada.
    Em particular, tenho contato direto com pessoas portadoras de deficiência de locomoção mas, que nem por isso deixam de sair e se divertir, inclusive com a realização de viagens ao exterior. Porém, a escolha de transportes e hospedagem que atendam por completo suas necessidades às vezes torna-se uma tarefa árdua já que as opções são escassas.
    É válido atentar que este público, em geral, possui mais tempo livre que outros públicos devido a pensões e aposentadorias que recebem por invalidez. Também é importante ressaltar que os equipamentos adaptados atendem não só às pessoas caracterizadas com deficientes como também a idosos que com o avanço da idade sofrem com problemas de locomoção e equilíbrio. Este pública possui características semelhantes aos deficientes em relação ao tempo e a renda.

  3. Liga das Turismólogas, on 19 de out. de 2010, 13:09:00 said:
    Este comentário foi removido pelo autor.
  4. Liga das Turismólogas, on 19 de out. de 2010, 13:13:00 said:

    O comentário acima foi postado pela nossa amiga Priscila Galvão.

  5. Liga das Turismólogas, on 6 de dez. de 2010, 06:17:00 said:

    O turismo sem barreiras é o mais novo nicho de mercado e verdade que tardiamente, mas já começa a despertar para as questões ligadas à acessibilidade e aos mais variados locais, espaços e ambientes de lazer que podem e devem ser adaptados, tornando-se acessíveis a todos, já que o lazer é um direito constitucional e o turismo uma atividade de lazer, também.
    Uma cidade acessível, é uma cidade com melhor qualidade de vida para todos. As grandes operadoras de turismo estão buscando produtos e serviços com acessibilidade e segurança em parques e passeios turísticos porque a cada dia o turista em geral exige atendimento com qualidade e competência que supra as suas necessidades e atinja a sua satisfação.
    Os turistas PPD’s são consumidores e como tal tem direito de escolha e para que isso aconteça é preciso que sejam divulgadas informações como hotéis adaptados, roteiros ofertados a esse público, transportes acessíveis e outros que não se encontram disponíveis em locais de informações turística. Um cenário diferente da Europa( principalmente de Portugal, Alemanha e França), mas que o Brasil já começou a mudar.

    (Josicleide Lima)

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